ICF | MAIO 2024

INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS DE SALVADOR SOBE 2,3% NO MÊS DO DIA DAS MÃES, APONTA FECOMERCIO-BA

Houve uma melhora generalizada nas avaliações de emprego, renda, crédito e consumo. O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), elaborado mensalmente pela Fecomércio-BA, avança 2,3% em maio após a estabilidade vista no mês anterior. O patamar atual de 110,5 pontos é 7,1% acima do visto no mesmo período do ano passado, que foi de 103,2 pontos. Para ficar mais claro o entendimento, o ICF é um indicador de confiança que varia de 0 a 200 pontos, sendo que entre 100 e 200 pontos é considerado o patamar de satisfação ou otimismo. E entre 0 e 100 pontos considerado nível de insatisfação com as condições econômicas do domicílio. Ou seja, quanto mais ele avança no sentido dos 200 pontos, mais os consumidores estão otimistas em relação as principais variáveis que afetam a sua vida econômica, emprego, renda e crédito. Todos os sete itens avaliados pelo ICF apresentaram alta no mês. As variações mais expressivas foram de acesso a crédito e momento para duráveis, ambos de 3,5%. Porém, estão patamares diferentes, sendo o primeiro com 101,3 pontos e o segundo, 68,2 pontos. Assim, a maioria das famílias de Salvador diz que está mais fácil a obtenção de financiamento para compras à prazo e tem se reduzido o grau de pessimismo em relação ao ambiente para compras de bens como geladeira, fogão, televisor, etc. Isso tem sido possível principalmente pela redução da taxa de juros, ampliando a oferta de crédito e levando a um preço final mais moderado. Além, evidentemente, da maior segura no emprego, até para efetuar compras de longo prazo. E o ICF comprova isso com as altas de 2,1% no item emprego atual e de 2,7% na perspectiva profissional, com as pontuações respectivas de 129 e 138 pontos. São 66% dos entrevistados que dizem que enxergam uma melhora profissional para o responsável pelo domicílio. E isso reverbera na intenção de consumir no médio e longo prazo. O item Perspectiva de consumo avançou 2,8% em maio e é o segundo que mais sobe no contraponto anual, com 14,6%, chegando aos 122,6 pontos. O nível de consumo atual, embora tenha registrado crescimento mensal de 2,8%, ainda está no patamar de insatisfação com 91,4 pontos. Esses resultados só não foram melhores por conta de um processo inflacionário acima da média para o início do ano e que impacta o orçamento doméstico. Tanto que o item renda atual foi o que apresentou a menor variação, praticamente estabilidade, com 0,3% e 123,1 pontos. Outro ponto importante do ICF de maio foi que a média geral foi puxada pelas famílias de renda mais baixa, de até 10 salários-mínimos, com alta de 2,5% contra 1,1% das famílias que ganham até 10 S.M. No entanto, os patamares estão bem distintos, sendo 107,1 pontos para o primeiro e de 146,7 pontos para o segundo. O indicador seguia um ritmo positivo ao longo do ano passado, mas foi interrompido no início deste ano por uma situação de preços de alimentos mais altos e que impactaram o dia a dia das famílias de Salvador. Com o cenário relativamente melhor nesse 2º trimestre, a tendência é que o ICF siga uma tendência de crescimento gradual de suas variáveis, de emprego, renda e consumo, acompanhando o desempenho de economia geral. O aumento da confiança é essencial não só para as famílias, mas para o comércio, sobretudo naqueles setores que dependem do crédito para consumo, pois a família precisa ter mais segurança que estará empregada no longo prazo para poder comprometer sua renda com dívida. Portanto, os últimos dados negativos parecem ter sido algo pontual e olhando para frente os números indicam uma expansão do consumo.