FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DA BAHIA

Central do conhecimento

VAREJO BAIANO : COMÉRCIO EM OUTUBRO

Varejo Baiano
12 de dezembro de 2022

VENDAS DE CARROS E MOTOS CAEM 25,6% E PUXA RETRAÇÃO NO COMÉRCIO DE 3,9% EM OUTUBRO, CALCULA FECOMERCIO-BA

 

Setor de materiais de construção também sofre com a alta de juros no país.

 

Com o encarecimento do crédito e dos preços dos veículos nas alturas, se torna muito difícil do consumidor adquiri um carro hoje em dia. E esse cenário tem levado uma consequência negativa para o comércio. As vendas de veículos e motos caíram 25,6% em outubro na comparação com o mesmo período do ano passado e acumulam, no ano, queda de 7,1%.

Esse resultado do setor no décimo mês do ano foi destaque e puxou a retração de 3,9% no comércio baiano, que faturou 9,25 bilhões de reais, 380 milhões a menos que outubro do ano passado. Esses números fazem parte do levantamento mensal da Fecomércio-BA, com base nos dados do IBGE.

Além das concessionárias de veículos e motos, outros setores que sentem os impactos do aumento dos juros são o de móveis e decoração que, em novembro, apontou recuo de 17,1% e o de materiais de construção, com queda anual de 8,5%.

As lojas de vestuário, tecidos e calçados também influenciaram no desempenho negativo nomes com queda de 5,2%. Os preços elevados aos consumidores podem estar atrapalhando a atratividade do consumidor. No entanto, no acumulado do ano o saldo ainda é positivo, em 15,5%, como consequência do momento pós-pandemia e a volta a normalidade de trabalho e eventos.

E foram quatro setores que seguiram na tendência positiva, com aumento de vendas, com os destaques para os grupos essenciais de consumo, farmácias e supermercados. O primeiro cresce 11,2% e tem o faturamento

mais alto para o mês desde 2012, de R$ 1,85 bilhão. O segundo registrou aumento de 8,6% e fatura R$ 1,56 bilhão,

Além desses, as altas foram vistas no setor de eletrodomésticos, eletrônico, com 1,5% e no grupo Outras atividades, de 0,6%. Apesar da melhora, o faturamento ainda está 9,2% e 13,1% respectivamente abaixo do nível de outubro de 2019, pré-pandemia, já descontando a inflação do período.

Neste segundo semestre, o resultado tem sido desfavorável ao comércio que sente fortemente as consequências do crédito caro e da inflação que impõe limite de gastos para as famílias. Vale ressaltar que o nível recorde de famílias com contas em atraso também é um dificultador para as compras, sobretudo as que demanda financiamento de longo prazo, como os bens duráveis.

Porém, para o final do ano, a expectativa é que haja uma melhora relativa. Além da inflação ter cedido nesta etapa final, a injeção do 13º salário maior neste ano deve ajudar a aquecer o comércio. Nada de especial, mas um pequeno alívio diante dos números vistos até outubro