Destino Baixio: Antonio Barretto Junior fala sobre investimento da Prima Empreendimentos na região

Na Costa dos Coqueiros, um lugar paradisíaco onde os biomas restinga, mata atlântica e manguezal se encontram, surge uma nova rota turística. Batizado de Destino Baixio, o grandioso projeto desenvolvido pela Prima Empreendimentos vai investir R$ 5,2 bilhões de reais na região e promete entregar uma opção de lazer exclusiva e de alto padrão. Antonio Barretto Junior, diretor e responsável pelo marketing, branding e gestão do Destino Baixio, conta em detalhes o que está sendo feito e quais são as expectativas para o desenvolvimento local. 

Revista Fecomércio-BA – Por que Baixio foi o local escolhido para esse empreendimento?

Antonio Junior – Foi por meio da visão estratégica e de longo prazo do CEO da Prima, Rubén Escartin, quando, em 2004, buscava alternativas de investimento. Ele achou a área interessante, muito rica em termos de beleza natural, com 33 nascentes, vários rios, lagoas belíssimas e 14 km de praia. Pensou que ali poderia existir um novo destino turístico. Nessa época, já estavam sendo desenvolvidos dois empreendimentos, um do grupo Iberostar e o Palladium, ambos na região de Praia do Forte. Isso ajudou a consolidar a convicção de que o desenvolvimento do Litoral Norte e da Costa dos Coqueiros era interessante para a implantação de um destino turístico novo.

RF – No total, de quanto será o investimento e quais as principais áreas?

AJ – Até 2033 faremos um investimento de R$5,2 bilhões de reais com geração de 10.750 empregos diretos. Já foi construído na região um condomínio, uma pousada e um hotel butique e spa. Também foi entregue uma estação de tratamento de água que vai atender não apenas os nossos empreendimentos, mas toda a população de Baixio, de Mata de São João e Palame. Essa estação, que foi entregue à Embasa, teve um investimento de R$10 milhões e pode atender até cerca de 18 mil pessoas, ou seja, ela tem capacidade superior à realidade atual, que é de cerca de 3 mil pessoas vivendo nesses povoados. Ainda estão previstos mais três resorts de alto luxo, além de três residenciais no estilo branded residence; um levará a marca Fasano, outro será Anantara e um terceiro que vamos anunciar em breve. Também será construído um aeródromo, com uma pista com capacidade para receber aviões de grande porte, como Boeing e Airbus, além de aviação privada. Teremos beach clubs, helipontos e o Parque Timbah de Aventuras, um parque ecológico com atividades de lazer e esportivas para toda a família.

RF – Como esse projeto está alinhado com iniciativas sustentáveis para a localidade?

AJ – 100% alinhado. O terreno da Prima é de 6,3 mil hectares. Mesmo após a implantação de tudo o que temos planejado, só teremos utilizado cerca de 33% do total da propriedade. Ou seja, vai ficar uma área de preservação muito ampla. Temos uma preocupação muito grande com a sustentabilidade e preservação ambiental, por isso, estamos desenvolvendo consórcios com empresas de produção limpa de energia e tratamento de água. Não vai haver nenhuma dependência das fornecedoras estatais. Vamos ter toda uma rede própria de produção e tratamento de água. Teremos produção de energia solar, baterias, biogás e biodiesel. Além disso, a Prima criou o Instituto Voar, que está totalmente voltado para a comunidade dos povoados de Palame, Mata de São João e Baixio. O instituto tem tratado com muita seriedade a inclusão dos moradores da região com o projeto.

RF – Em que consiste a parceria com o Sesc e o Senac e como ela vai impulsionar o que vocês já vêm fazendo na região?

AJ – Com a parceria da Fecomércio-BA, Sesc e Senac, estamos estudando um modelo de implantação sustentável de empoderamento dos habitantes através de capacitações profissionais, para serem utilizados como mão de obra nos empreendimentos imobiliários e também nos hoteleiros. Atualmente, utilizamos 97% de mão de obra local. A gente vem fazendo um trabalho de diagnóstico das necessidades da população do povoado de Baixio, para que tenhamos programas e ações que sirvam de modelo para o desenvolvimento turístico da região e do estado. A Fecomércio vem prestando toda a atenção e apoio nesses dois anos, atuando nessa capacitação profissional. A nossa expectativa é alcançar o máximo de pessoas possível. É mudar o perfil da oferta de mão de obra nessa região, com o Senac oferecendo formação e capacitação para o pessoal de bar, de restaurante, de hospitalidade. Com o Sesc temos conversado muito sobre a melhoria do artesanato local e empoderamento empresarial, assim como sobre a possibilidade de levarmos os serviços oferecidos pelas unidades móveis, como mamografia e Papanicolau, para as mulheres, e também serviços odontológicos. Além disso, estamos planejando uma parceria com o Sesc para oferecer tarifas diferenciadas para os trabalhadores do comércio.

RF – Quais retornos são esperados para Baixio e para a Bahia em relação ao turismo?

AJ – Não existe hoje no Brasil nenhum empreendimento de implantação de destino turístico da magnitude do Destino Baixio, nem em tamanho, nem em quantidade de investimento. Entendemos que vamos contribuir para a elevação do fluxo turístico para a Bahia, principalmente do turista de alto poder aquisitivo, que é o que o estado precisa.

OLHO: “Não existe hoje no Brasil nenhum empreendimento de implantação de destino turístico da magnitude do Destino Baixio” – Antonio Barreto Junior, diretor de Destino Baixio da Prima Empreendimentos.