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Vendas no varejo caem 4,5% em agosto, mas faturamento ainda é superior a 2019, aponta Fecomércio-BA

Sistema Comércio
8 de outubro de 2021
Vendas no varejo caem 4,5% em agosto, mas faturamento ainda é superior a 2019, aponta Fecomércio-BA

A tendência é negativa até o final do ano. O motivo é o efeito estatístico da base forte de comparação do segundo semestre de 2020.

Após seis meses de altas consecutivas, o comércio baiano registra, em agosto, retração nas vendas de 4,5% comparado com igual período de 2020. O faturamento no mês foi de 9,2 bilhões de reais, de acordo com levantamento da Fecomércio-BA tendo como base os dados da Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE.

O comércio enfrenta, a partir de agosto, o contrário do que o setor vivenciou no início do ano. No segundo trimestre deste ano, por exemplo, as vendas subiram 45,4%, variação acentuada pela base de comparação fragilizada que foi o início e auge da pandemia. “E foi ao longo do segundo semestre de 2020 que o comércio conseguiu se recuperar, com contribuição do auxílio emergencial”, recorda o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.

No entanto, apesar dos resultados negativos, Dietze pontua que “o comportamento das vendas atuais em relação ao mesmo período pré-pandemia sofre menos interferências de eventos atípicos e traduzem a realidade de uma forma mais clara. Então, comparando o faturamento de agosto deste ano com dois anos antes, o saldo é positivo em 4,3%”.

Os três setores que apresentaram faturamento abaixo do obtido em 2019 são: grupo Outras Atividades (-10,5%), Vestuário, tecidos e calçados (-8,6%) e Supermercados (-0,4%). No campo positivo, quem lidera, em termos de variação, é o setor de materiais de construção com alta anual de 26,8%, seguido de vendas de veículos e motos, 16,9%. “Esse segundo está se recuperando por conta da demanda reprimida e devido ao problema na cadeia da indústria automobilística”, comenta o consultor econômico.

Outras elevações nas vendas foram de: farmácias e perfumarias (10,1%), mesma variação para eletrodomésticos e eletrônicos (10,1%) e móveis e decoração (6,7%).

“Portanto, de forma geral o setor varejista segue positivo, embora tenha tido a queda em agosto na comparação anual. Reforço que a base de comparação até o final do ano será elevada, não devendo entender o fato como um cenário pessimista pelas variações negativas”, salienta Dietze.

O empresário percebe a contenção das despesas dos consumidores, porém está na expectativa para a chegada das vendas de final de ano, com a chegada do 13º salário.