Avani Duran toma posse na coordenação da Câmara Empresarial do Turismo em evento virtual
Realizada na manhã desta sexta-feira (9/10), a reunião virtual da Câmara Empresarial do Turismo (CET) da Fecomércio-BA começou com a oficialização da posse da empresária Avani Duran como coordenadora da câmara setorial criada há nove anos pela Federação. Este será o segundo mandato da empresária do turismo receptivo.
“Temos certeza que nossa coordenadora saberá contribuir para o turismo sair desta crise, principalmente pela sua capacidade de dialogar com as outras entidades”, disse o presidente da Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, fazendo referência a longa militância de Avani no trade turístico baiano. Assume como subcoordenador Julio Ribas, CEO do Salvador Bahia Airport.
Avani Duran relembrou que o evento de posse, anteriormente marcado para 18/3, foi cancelado devido à pandemia. “Tenho acompanhado, junto com meus pares, a crise que se abate no segmento. Amargamos faturamento zero para as empresas do turismo durante meses. Fomos a primeira atividade a parar e certamente a última que irá se recuperar”, declarou ela.
A coordenadora detalhou a série de ações empreendidas pela CET e Fecomércio-BA com o objetivo de minorar os efeitos da crise sobre os empresários do setor. “Enviamos ofícios aos poderes públicos pleiteando desde flexibilização para o pagamento de impostos, reabertura das praias até auxílio especial aos guias de turismo, classe que tem sofrido com a paralisia das atividades”, disse, enfatizando a ação viabilizada com o Senac para doação de quentinhas aos guias.
Avani também abordou o projeto do Tour Virtual, que está em desenvolvimento pela CET. “Trata-se de uma proposta para impulsionar o turismo em Salvador, principalmente pelos próprios cidadãos soteropolitanos. Dividimos a cidade em cinco roteiros com tours virtuais. Nesse momento, aguardamos retorno da Secretaria de Turismo do município sobre o pedido de apoio para viabilização desse projeto”, contou.
NÚMEROS – Fabio Bentes, economista sênior da CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, apresentou o panorama econômico atual do turismo nacional “No mês de abril tivemos um tombo histórico, foi quando as atividades econômicas sentiram o maior estrago causado pela pandemia. Para o turismo foi uma brutal perda de receita, uma queda de 68% em relação ao período pré-pandemia, uma verdadeira catástrofe”, disse o economista. Depois da paralisia enfrentada no final de março, o turismo tem apresentado lenta recuperação à medida que diminui o índice de isolamento social.
Segundo Bentes, o processo de recuperação já ocorre, mas os números do turismo ainda são muito preocupantes, com exceção do setor de bares e restaurantes com números um pouco mais próximos da normalidade. “O varejo, por exemplo, conseguiu retomar perdas com o comércio online. Já o turismo vive um cenário de rígidos protocolos a cumprir, restrições em aeroportos, entre outros”, pontuou.
Entre os gráficos apresentados esteve o que mostra o fechamento de 50 mil estabelecimentos comerciais durante a pandemia, sendo 39,5 mil do setor de bares, restaurantes e similares, seguido de hotéis e pousadas com uma perda estimada de 5,4 mil empreendimentos em todo País. Nessa análise a Bahia surge como 7º estado com maior número de estabelecimentos fechados. Dentre os termômetros do turismo, na análise do mercado de trabalho, o setor perdeu 481 mil postos de trabalho formais em 6 meses. No que diz respeito às receitas, as do turismo da Bahia ainda estão – 72,5% do que no período pré-pandemia.