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18 de agosto de 2023

MELHORA NA INFLAÇÃO E EMPREGO LEVA R$ 1,2 BILHÃO A MAIS AOS TRABALHADORES BAIANOS NO 1º SEMESTRE, AVALIA FECOMÉRCIO-BA.

 

Taxa de desemprego no 2º trimestre é a menor desde o final de 2015. Bahia deixa a última posição. Agora, Pernambuco lidera com 14,2%.

 

Os dados divulgados recentemente pelo IBGE em relação ao emprego mostram uma importante evolução nas condições econômicas das famílias baianas, principalmente por conta da inflação mais baixa e o mercado de trabalho fortalecido.

No 2º trimestre deste ano, a taxa de desocupação na Bahia foi de 13,4% contra os 14,4% do trimestre imediatamente anterior. Esse é o menor percentual desde o último trimestre de 2015. Antes, a Bahia possuía a taxa mais elevada da região nordeste, mas agora, como esse resultado, deixa o último posto e deixa com Pernambuco, com 14,2%, inclusive indo no sentido oposto ao baiano, pois ficou minimamente mais elevado do que no 1º trimestre, com 14,1%.

Atualmente na Bahia, segundo a PNADT, são pouco mais de 6 milhões de pessoas ocupadas, nas mais diversas áreas de atuação, patamar praticamente igual de um ano atrás.

No entanto, quando se fala de renda média real, já considerando a inflação do período, houve um ligeiro aumento, de R$ 1.724 para R$ 1.776. Pode parecer pouco esse aumento de 3%, mas quando se multiplica pelo total de empregados, faz uma diferença importante para a economia da região. Isso foi possível pelos preços da região estarem num nível mais baixo do que há um ano.

Para se ter uma ideia, fazendo a multiplicação da renda média pelo número de pessoas ocupadas para encontrar a massa de rendimentos, no 1º semestre deste ano, houve um montante de R$ 21,7 bilhões, sendo que no mesmo período de 2022, o valor total foi de R$ 20,5 bilhões. Ou seja,

um ganho de recursos de R$ 1,2 bilhão de reais que foram destinados para o comércio, serviços, pagamento de dívidas, etc.

Para entender a dimensão e importância desse valor, os R$ 1,2 bilhão representam 1,7% das vendas do comércio no primeiro semestre deste ano.

Como tem sido uma tendência, a expectativa é que haja novas reduções ao longo do segundo semestre. Há um entrave para uma queda maior que é a informalidade que no 2º trimestre foi de 52,7%, pouco abaixo dos 53,7%. Além disso, há uma parcela relevante da população economicamente ativa que recebem benefícios sociais como o Bolsa Família, e há dificuldade de inserção desse público no mercado formal.

De qualquer forma, o incremento da massa de rendimentos dos trabalhadores da Bahia deve contribuir para aumentar o ritmo das vendas no comércio até o final ano. É o ciclo positivo da economia, mais emprego, mais renda e mais consumo. A queda de juros será um estímulo adicional, para um segundo semestre bom para consumidores e empresários da região.