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ICEC | SETEMBRO 2023

ICEC
29 de setembro de 2023

OTIMISMO DOS EMPRESÁRIOS SOBE 5,6% EM 3 MESES, APONTA FECOMÉRCIO-BA

Embora patamar atual esteja menor do que há um ano, a recuperação nos últimos meses traz otimismo para o período de fim de ano.

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), calculado mensalmente pela Fecomércio-BA, apontou, em setembro, 116,3 pontos, alta de 1,8% em relação a agosto (114,3 pontos) e, por outro lado, leve retração de 1,4% no contraponto anual (117,9 pontos).

Vale destacar que, apesar de estar abaixo do nível visto em 2022, está havendo uma recuperação importante na margem, nos últimos meses. Entre junho e setembro, houve expansão de 5,6% do longo de três elevações consecutivas, o que indica uma recuperação sólida da confiança dos empresários de Salvador.

O ICEC varia de 0 a 200 pontos, sendo que valores entre 100 e 200 pontos indicam confiança dos empresários de Salvador, enquanto valores de 0 a 100 pontos refletem pessimismo. Quanto mais próximo dos extremos (0 ou 200 pontos), maior a confiança ou pessimismo dos empresários do comércio.

O maior ganho foi do índice de expectativa do empresário do comércio (IEEC) de 3,3%, chegando aos 154,4 pontos. Todos os três sub-índices cresceram no mês, seja no olhar geral da economia, seja nas avaliações do comércio e da própria empresa.

Esses números trazem expetativas positivas para o final do ano, com os empresários esperando um momento mais favorável, inclusive com o atual patamar 0,8% acima do visto há um ano.

Isso é possível, principalmente, por conta das consequências da inflação mais baixa e deflação de alimentos sobre o orçamento das famílias. Está havendo uma recuperação da capacidade financeira do consumidor e que tem se revertido em expansão de consumo, animando os empresários. Não somente pela ótica da demanda, mas os custos operacionais ficam

mais amenos, ampliando as possibilidades de ajustes operacionais para ganhos mais elevado.

Diante desse cenário, o índice das condições atuais do empresário do comércio (ICAEC) registrou avanço de 1,8%, puxado pela alta de 4,8% nas condições atuais da economia e de 1,3% na avaliação sobre as próprias empresas.

Apesar dessa melhora, é importante frisar que é um processo e que não há mudanças expressivas da noite para o dia. Ou seja, por mais que esteja num momento favorável, o aumento do otimismo é gradual e, de fato, as atitudes têm de ser tomadas com os pés no chão, sem exagerar nas expectativas, para não haver frustrações e prejuízos.

Tanto que o índice de investimento do empresário do comércio (IIEC) apontou leve recuo de 0,5% e volta aos 102,8 pontos em setembro. Porém, houve desempenhos distintos, com o aumento leve de 0,4% no índice de intenção de contratação de funcionário e, ao mesmo tempo, queda de 1,4% no nível de investimento das empresas.

Assim, para que haja uma melhora mais expressivas nas contratações e nos investimentos, é necessária uma recuperação ainda mais sólida do comércio, não somente em termos de faturamento, mas de resultado financeiro. A inflação precisa permanecer num patamar mais baixo e por um tempo mais alongado para permitir a solidificação do crescimento sustentável e de longo prazo. Esses reajustes dos combustíveis, como foi o caso do óleo diesel, e que impacta toda uma cadeia logística da economia, é m ponto de alerta e que limita os avanços de confiança tão aguardados.

Portanto, por mais que haja desafios pela frente, o cenário é de otimismo com cautela. Cada avanço mensal do indicador é um alento para as expectativas para as vendas de final de ano. Se o empresário não melhora o otimismo, isso impacta em compras e contratações. Por isso, esses três meses de altas são importantes, mas é preciso seguir em frente e buscar patamares mais elevados.