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ICEC | SETEMBRO 2024

ICEC
2 de outubro de 2024

CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO DO COMÉRCIO CAI 1,5% EM SETEMBRO, AVALIA FECOMÉRCIO-BA

Melhora na economia e nas vendas não tem conseguido reverter em aumento de confiança.

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), elaborado mensalmente pela Fecomércio-BA, registrou nova retração em setembro de −1,5%, ao passar de 106,9 pontos em agosto para os atuais 105,3 pontos. Em relação ao mesmo período do ano passado, o índice recua 9,4%, quando em setembro de 2023 o ICF foi de 116,3 pontos. O ICEC varia de 0 a 200 pontos, sendo que valores entre 100 e 200 pontos indicam confiança dos empresários de Salvador, enquanto valores de 0 a 100 pontos refletem pessimismo. Quanto mais próximo dos extremos (0 ou 200 pontos), maior a confiança ou pessimismo dos empresários do comércio. No mês, a queda mais expressiva foi do índice das condições atuais do empresário do comércio (ICAEC), de −8% e volta aos 76,3 pontos. No contraponto anual, houve queda de −16,7%. Nos subíndices, os empresários aumentaram em 8,1% o pessimismo em relação à economia (63,8 pontos), em 6,7% na análise atual do comércio (76,2 pontos) e em 9% na avaliação das empresas do comércio (88,9 pontos). Esse pessimismo tem afetou o índice de investimento do empresário do comércio (IIEC) que, em setembro, recuou 0,5%, com influência do nível de investimento que retraiu no mês −1,8% e do indicador de contratação de funcionários, com queda de −1,7%. Somente o subíndice de situação de estoques que ficou com alta de 2,7%, com o aumento de respostas de estoques adequados, o que indica um importante equilíbrio de oferta e demanda. E para o futuro, o índice de expectativa do empresário do comércio (IEEC) apresenta mais uma alta, agora de 1,6% e vai aos 144,6 pontos. Mesmo sendo a 2ª elevação seguida, esse indicador ainda está 6,4% abaixo do visto em setembro do ano passado. Contribuiu para o aumento mensal a alta de 2,3% na expectativa do comércio, de 1,5% da expectativa das empresas comerciais e também dos 0,9% da avaliação futura da economia brasileira. A Fecomércio-BA vem observando essa possível contradição, de vendas no comércio batendo recorde e, ao mesmo tempo, a confiança não reagindo, pelo contrário, recuando mês a mês. É necessário trazer alguns pontos para entender melhor esse contexto. Primeiro que quando se trata de faturamento do comércio, não está se referindo a lucratividade. Desta forma, muitos varejistas podem estar vendendo mais, porém, com resultados negativos, derivado de um custo de estoque mais elevado pressionando as margens, de gastos operacionais mais altos que se previa, entre outras possibilidades. Além disso, a economia brasileira dá sinais claros de aquecimento de demanda, mas também gera preocupação em relação ao futuro, com o baixo nível de investimentos e sem o devido equilíbrio nas contas públicas. Podendo ser o chamado voo de galinha. Portanto, essa dicotomia deve permanecer até que haja um horizonte mais claro da economia brasileira, o que não deve acontecer no curto e médio prazo, afetando e mantendo uma desconfiança do empresário do comércio de Salvador.