FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DA BAHIA

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Inflação | Junho 2023

Área do Conhecimento
11 de julho de 2023

PREÇOS DE ALIMENTOS CAEM 0,94% E AJUDA A DEFLAÇÃO DE -0,23% NA RMS EM JUNHO, AVALIA FECOMÉRCIO-BA

 

Agora, inflação acumula 2,7% em 12 meses, menor nível desde 2019.

 

Mais uma notícia favorável para os baianos neste caminho de retomada da economia e melhora no bolso. Em junho, os preços médios de produtos e serviços na região metropolitana de Salvador caíram 0,23%, conforme divulgação do IBGE. No acumulado em 12 meses, a variação ficou abaixo dos 3%, em 2,7%, o que não se via desde outubro de 2019.

Para a Fecomércio-BA, a inflação está cedendo mais rápido do que se esperava e é um ótimo sinal de recuperação de poder de compra das famílias, sobretudo porque o principal grupo de consumo dos baianos, alimentos e bebidas, registrou, no mês, queda de 0,94% e contribuiu com -0,22 ponto percentual para a variação geral. No acumulado em 12 meses, a alta é de 4,31%.

As carnes, por exemplo, tiveram queda média no mês de 4,40%, as frutas recuaram 2,43% e aves e ovos apontaram retração de 1,73%. Esses números mostram que não houve um ou outro grupo que puxou a variação negativa, mas está sendo uma tendência mais alastradas entre os itens de consumo do grupo de alimentos e bebidas.

O grupo habitação também colaborou para a deflação na região com o recuo de 0,36% e -0,05 ponto percentual de impacto no resultado total. E a influência foi por conta da redução média de 3,88% do gás de botijão. Não foi surpresa, pois havia uma mudança no ICMS e o recuo foi anunciado e repassado pela empresa Acelen.

Outras quedas foram de comunicação (-0,23%), artigos de residência (-0,23%) e saúde e cuidados pessoais (-0,03%). No entanto, a soma das contribuições foi de -0,03 p.p.

Pelo campo positivo, o destaque foi o grupo de transportes que, em junho, apresentou elevação de 0,20%. Por um lado, a área de serviços puxou a variação com a elevação de 19,32% nas passagens aéreas, de 3,39% no ônibus intermunicipal, de 2,50% no conserto do automóvel e 2,07% para locação de veículo.

Por outro, pelo comércio, e que já era esperado, foi a redução de 2,23% dos veículos novos, impactados pelo programa do governo federal de descontos dos carros populares. Houve impacto também nos preços dos veículos usados, de -2,53%. Além desses, também houve retração para o óleo diesel de 5,01% e no etanol, de -2,03%.

Outras variações positivas foram dos grupos de educação (0,23%), vestuário (0,18%) e despesas pessoais (0,12%).

De maneira geral, para a Entidade o IPCA de junho foi muito positivo. A queda nos grupos de alimentação e habitação, que correspondem a 38% dos gastos das famílias, traz um alívio no bolso dos consumidores ao mesmo tempo em que o mercado de trabalho está mais aquecido, ou seja, um ganho importante no poder de compra.

Por uma questão estatística, e já alertado anteriormente pela Fecomércio-BA, o acumulado do ano deve voltar a subir a partir de julho. No entanto, a previsão para fechamento de ano passou de 6,5% para uma variação próxima a 5,5%.

Portanto, a deflação é mais um ingrediente no cenário econômico que ajudará a tração mais forte da economia baiana ao longo do segundo semestre.