Inflação Turismo
DEFLAÇÃO DE 3% NOS PRINCIAIS SERVIÇOS DE TURISMO NA RMS DEVE AJUDAR O SETOR NA VÉSPERA DAS FÉRIAS DE JULHO, AVALIA FECOMÉRCIO-BA
Há um ano, a variação havia sido de 44%.
Nos últimos 12 meses, os principais serviços de turismo na região metropolitana de Salvador tiveram recuo médio de preço de 3%, conforme cálculo da Fecomércio-BA, com base nas informações do IPCA, do IBGE. Há um ano, o percentual havia sido de 44%. Esse início de ajuste de preços é essencial para ajudar no crescimento do setor, principalmente neste momento em que as famílias programam suas férias de julho.
O destaque ficou por conta das passagens aéreas que recuaram 16,37%. Apesar da queda, ainda não foi suficiente para compensar o aumento do período anterior, de 141,5%, quando a guerra da Ucrânia impactou fortemente o preço do querosene de aviação. Mesmo assim, as condições estão mais estáveis, o que permite uma certa previsibilidade para se programar.
E os preços mais amenos das passagens aéreas contribuíram para o arrefecimento dos pacotes turísticos, passando de 37,28% para 0,19%. Os meios de hospedagem também estão com variações menores do que há um ano, 2,81% ante 6,02%.
Os ônibus interestaduais registraram aumento médio, em um ano, de 18,1%, variação similar a vista em maio do ano passado, de 19,22%. Apesar do gradual recuo das passagens aéreas, ainda há um contingente de pessoas relevante que buscam nos ônibus a única forma possível de conseguir fazer a viagem, seja por questões financeiras, seja por falta de conectividade aérea.
E quem pensa em utilizar transporte na RMS, o transporte de aplicativo teve um avanço inferior ao de taxo, 4,82% contra 16,74%. No entanto, em
maio do ano passado, o primeiro item havia subido 73,36%, enquanto os taxis ficaram sem reajuste. Os aplicativos também sofreram, à época, com o forte aumento dos combustíveis, em decorrência da guerra da Ucrânia.
Os aluguéis de veículos também seguem como alternativa para quem deseja viajar. Até maio, houve aumento de 7,96%, sendo que no ano anterior, a elevação foi de 6,65%. Ou seja, sem grandes pressões, comparando com a média dos outros gastos.
E, por fim. o grupo cinema, teatro e concertos, que apontou retração de 0,09%, sendo que há um ano, a variação acumulada em 12 meses havia sido de 7,52%. Muitos desses estabelecimentos foram perdendo espaço para novas tecnologias. Desta forma, é natural que não consiga avançar muitos os preços, pois ficaria ainda mais sem atratividade.
A inflação do turismo nos últimos 12 meses indica que deve haver um cenário com melhores condições de gastos nas férias de julho e um quadro promissor para o turismo daqui para a frente. Isso porque, além do aumento no poder de compra, os preços mais estáveis permitem ampliar o horizonte de programação das famílias a se programarem para outras saídas ao longo do ano, ou nas próximas férias, entre dezembro e janeiro. O turismo no estado já vem há um tempo com resultados bastante satisfatórios. Agora, com preços mais adequados, é um ótimo sinal de que esse processo de crescimento deve se acelerar.