VAREJO BAIANO | COMÉRCIO – SETEMBRO 2024
VENDAS EM SETEMBRO CRESCERAM 4% NA BAHIA E FATURAMENTO É O MAIOR DESDE 2015, CALCULA FECOMÉRCIO BA
Farmácias e Perfumarias se destacam avançando 13,4% e com faturamento recorde para o mês.
No mês de setembro, as vendas do comércio baiano atingiram R$ 17,4 bilhões, alta de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme calcula a Fecomércio BA com base nas informações do IBGE. Esse é o melhor resultado para o mês desde 2015. No acumulado de três trimestres, o saldo é positivo e se aproxima dos 7% (6,8%), com adicional absoluto de R$ 10 bilhões no ano, para um total de R$ 160 bilhões.
O melhor desempenho mensal foi do segmento de farmácias e perfumarias, de 13,4%. O faturamento de R$ 1,38 bilhão é recorde para o período. É uma importante recuperação após a queda de 11,3% vista no ano passado e é consequência da maior disponibilidade de renda das famílias na região e influenciado pelo aumento de preços acima da inflação média, tanto de medicamentos, quanto de produtos de higiene e beleza.
Os supermercados também surfam nessa onda positiva do fortalecimento do orçamento doméstico. Em setembro, as vendas subiram 3,3% e o faturamento vai a R$ 6,44 bilhões, ou 37% de participação no varejo do estado. Com o mercado de trabalho aquecido e o ganho real de rendimento, as famílias acabam expandindo o seu consumo nos setores básicos.
Outro destaque importante é do setor de veículos, motos, partes e peças, com aumento anual de 9,2% e faturamento de R$ 3,4 bilhões. Foi quem mais contribuiu em termos absolutos para o aumento da movimentação no comércio no mês, com o adicional de R$ 286 milhões. A sequência de variações acentuadas é reflexo do crédito mais facilitado para a aquisição de veículos, com redução da taxa de juros média, muito por conta da possibilidade de recolhimento do veículo em caso de inadimplência, conforme aprovado no Marco Legal das Garantias. Além disso, há, evidentemente, a maior capacidade de consumo e propensão a contrair crédito por parte do consumidor.
As lojas de materiais de construção e lojas de móveis e decoração registraram aumentos respectivos de 2,3% e 2,4%, seguindo uma tendência de alta derivado de um mercado imobiliário e da construção aquecido. Apesar de haver alguma oferta pela internet, são setores com características de compras presenciais, contribuindo com esse crescimento do varejo físico.
Por fim, no lado positivo, o grupo outras atividades que apresentou leve aumento de 0,8%, envolvendo áreas de comércio de combustíveis de veículos, artigos esportivos, joalherias, entre outros.
E dois setores apresentaram queda no mês, são eles: lojas de eletrodomésticos e eletrônicos (-4%) e lojas de vestuário, tecidos e calçados (-3,7%). O primeiro sofre com uma base forte de comparação, quando em setembro do ano passado cresceu 22,3%. Para o outubro, a tendência é que haja um bom desempenho dado que no ano passado houve ligeiro recuo de 1,3%. E a expectativa também fica para o mês de novembro, pois o setor é um dos mais procurados no período da Black Friday.
E o setor de vestuário, por sua vez, apresentou sua primeira queda após cinco meses de alta, não sendo, a princípio uma grande preocupação.
Portanto, o varejo segue sua tendência de forte expansão no estado e a Fecomércio BA vem assinalando que a combinação de mais emprego, renda e crédito, é o que tem sustentado as vendas. E o melhor, é algo estrutural e que deve manter aquecido o setor para os próximos meses, o que é um ótimo sinal dada a proximidade do principal período do varejo, o último bimestre, com a Black Friday e Natal.