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VAREJO BAIANO : ECOMMERCE NA BAHIA 2022

Varejo Baiano
25 de novembro de 2022

VENDAS ONLINE NA BAHIA DEVEM ATINGIR R$ 7 BILHÕES EM 2022, ESTIMA FECOMERCIO-BA

 

Varejo online deve ser entendido como complementar e não concorrente do comércio físico.

 

De acordo com cálculos feitos pela Fecomércio-BA, com base nos dados das principais empresas que monitoram o ecommerce no país e nas informações do IBGE, as vendas online na Bahia devem registrar R$ 7 bilhões de faturamento em 2022.

Os setores que mais movimentam o varejo online no estado são similares ao que ocorre em âmbito nacional, com destaque para o segmento de moda e beleza e o de eletrodomésticos e eletrônicos.

Embora pareça um montante muito elevado, a relação entre o varejo online e o físico representa pouco mais de 6% no estado, que tem faturamento projetado, para 2022, de R$ 114 bilhões, segundo a Fecomércio-BA.

Assim, a Entidade reforça o entendimento de que o ecommerce é um essencial aliado das lojas físicas e não um competidor, como está, em grande parte, no pensamento das pessoas. Não é incomum ouvir que o varejo online vai acabar com o comércio físico, e isso não é verdade.

Esse percentual, certamente, tem potencial para crescer ao longo dos próximos anos, mas são dois setores que precisam um do outro. Hoje, muitos consumidores buscam preço e características nas lojas pela internet para comprar num espaço físico. E o inverso é verdadeiro, dos consumidores usarem as lojas físicas para avaliarem o produto real, para depois efetivarem a aquisição pelo online.

 

Não somente na Bahia, mas em todo o Brasil, há um crescimento constante do mercado digital por mais de uma década e por diversos fatores, tais como:

· Democratização da internet: com os investimentos feitos pelas empresas de tecnologia nas últimas duas décadas, o barateamento do serviço de internet permitiu o acesso de grande parte da população que, hoje, pode entrar pelos computadores e, principalmente, pelos celulares, formando um imenso mercado consumidor.

· Bancarização da população: o crescimento de pessoas abrindo contas em bancos permitiu o acesso à mais formas de pagamento e que impulsionam as vendas online, como é o caso do cartão de crédito e débito. Além disso, mesmo que os boletos consigam ser pagos diratamente no caixa, sem a necessidade da conta, a facilidade de fazer através de um sistema bancário contribui para as vendas online.

· MarketPlaces: Hoje muito difundido e que abriu portas à muitos empresários, os marketplaces, como o Marcado Livre, Amazon, Magazine Luiza, Casas Bahia, entre outros, têm ajudado – e muito – os pequenos e médios empresários a colocarem seus produtos em vitrines importantes, em vez de gastar com uma comunicação e site próprios.

· Pandemia e o Empreendedorismo: O comércio eletrônico se tornou uma grande alternativa aos consumidores durante a pandemia, dada as restrições do varejo físico. Além disso, muita gente que perdeu o emprego foi buscar exatamente no mercado online uma forma de recolocação profissional. Ou seja, o ambiente foi fértil para a ampliação dos negócios no mundo digital.

· Redução nas fraudes: Quando o comércio eletrônico começou a despontar no Brasil, um dos maiores receios dos consumidores eram as fradudes, do produto não chegar, do cartão ser clonado, entre outros. Ao longo do tempo, com as correções dos riscos, o ecommerce foi conquistando a sua segurança e credibilidade que possui hoje.

· Ampliação na oferta de transporte: com mais empresas ofertanto o frete, além dos Correios, trouxe maior competição e, por consequência, preços acessíveis. Além disso, com investimento em centros de distribuição e no sistema de logística, também permitiu uma entrega mais rápida ao consumidor.

Portanto, o ecommerce segue crescendo, graças a um mercado consumidor expressivo e os investimentos feitos pelas empresas e empreendedores. Evidentemente, neste pós pandemia, o ritmo de alta tende a ser menor do que o visto nos últimos dois anos, por conta das pessoas voltando aos hábitos anteriores de ida ao comércio de rua, em shoppings, etc.

E com a melhora da economia para 2023, com mais emprego, mais renda e disponibilidade de crédito, a expansão de ambos os segmentos será de grande importância para o contexto da economia baiana.