Varejo Baiano – Ecommerce na Bahia 2023
ECOMMERCE TRIPLICA EM 3 ANOS NA BAHIA E CHEGA PRÓXIMO A 10% DAS VENDAS FÍSICAS NO ESTADO, AVALIA FECOMERCIO-BA
Em 2022, a movimentação online, de empresas e consumidores, no estado, foi de quase R$ 10 bilhões.
Em levantamento inédito, a Fecomércio-BA traz a dimensão do ecommerce no estado da Bahia. Em 2022, empresas e consumidores movimentaram quase R$ 10 bilhões, pouco mais que o triplo do registrado em 2019 (R$ 3,2 bi). O montante atual é equivalente a 9,7% das vendas do comércio físico no estado, percentual 3,5 vezes maior do que o calculado para 2019, antes da pandemia, de 2,7%.
O estudo foi realizado com base nas informações oficiais divulgadas pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, o MDIC, obtidos através de notas fiscais emitidas, de pessoa jurídica para pessoa física. A Fecomércio-BA aproveitou seus dados próprios de vendas no comércio físico para realizar correlações das estatísticas.
Para o faturamento de quase 10 bilhões de reais, são analisados três caminhos. O primeiro é da empresa que emite nota na Bahia e que vende para consumidores no próprio estado. Nesse caso, foram movimentados, em 2022, 1,44 bilhão de reais.
Na segunda situação, é quando a empresa sediada no estado emite nota com envio para consumidores de fora do estado, uma operação interestadual. O volume no ano passado foi um pouco menor, de R$ 858 milhões.
Já no terceiro caso, pelo lado do consumidor, representa as empresas pelo país, exceto a Bahia, e que emitem nota com o produto sendo destinado às residências no estado. Para esse cenário, o faturado há um ano foi de R$ 7,5 bilhões.
Seja como emissor ou receptor, os principais produtos comercializados online são aparelhos de celular, televisores e refrigeradores, correspondendo a cerca de 17% do volume total do estado. Por serem produtos duráveis, padronizados, fica muito mais atrativo a compra pela internet, tanto por conta das promoções, quanto pela facilidade na entrega, diretamente no domicílio.
Evidentemente, há algumas questões a serem discutidas em relação a esses números. Quando se vende a partir do estado, seja para dentro da Bahia ou numa operação interestadual, o benefício fica no estado, com os empresários. Isso acontece (a venda) através dos próprios portais, dos marketplaces, etc.
Por outro lado, quando há um volume grande de movimentação de compra pelos consumidores residentes na Bahia a partir de outros estados, pode gerar uma certa apreensão, pois pode estar se perdendo investimentos nas empresas do comércio na região, sobretudo o de eletroeletrônicos. É uma disputa complexa, de grandes investimentos em centro logísticos e de distribuição, em grande parcela concentrada na região de São Paulo.
É incrível, e não é nenhuma surpresa, o avanço avassalador que o ecommerce teve no pós pandemia e que veio pra ficar, um caminho sem volta. O comércio físico não deve lutar contra, mas trabalhar em conjunto, de forma a ganhar eficiência, até para aproveitar os custos operacionais mais baixos e conseguir ser competitivo.
A tendência é que os números aumentem cada vez mais nos próximos anos. Portanto, quem estiver ausente desse mercado pode perder clientes, vendas e ficar cada vez mais isolado. Por isso, a necessidade de trabalhar de maneira estratégica para absorver tudo o que o ecommerce pode gerar de benefícios.