FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DA BAHIA

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Comércio baiano tem o melhor 1º semestre desde 2016, avalia Fecomércio BA

Economia, Sistema Comércio
21 de agosto de 2024
Comércio baiano tem o melhor 1º semestre desde 2016, avalia Fecomércio BA

Varejo faturou R$ 104,1 bilhões de janeiro a junho, num crescimento de 6,8%

O comércio varejista segue em franca expansão no Estado. Em junho, as vendas foram de R$ 17,3 bilhões, uma alta de 5% em relação a igual período do ano passado. Com esse resultado, o setor fecha o primeiro semestre com faturamento de R$ 104,1 bilhões, o que representa um crescimento de 6,8% no contraponto anual e é o maior valor, para o período, desde 2016, quando o resultado foi de R$ 106,2 bilhões, já corrigidos pela inflação.

A variação mais elevada foi do segmento de farmácias e perfumarias, de 17,6% no semestre, chegando a R$ 7,8 bilhões de faturamento. “Além de ser um setor básico e de demanda constante das famílias, o aumento médio de preços em medicamentos de 8,22% na Região Metropolitana de Salvador também contribuiu para o aumento do faturamento”, explica o consultor econômico do Sistema Comércio BA, Guilherme Dietze.

Os dados do varejo, de janeiro a junho, ficaram acima das expectativas. “De fato, a tendência era positiva, mas o ritmo mais forte é que surpreendeu. O cenário mais benéfico para as famílias tem contribuído com esse aumento nas vendas”, pontua o  presidente do Sistema Comércio BA, Kelsor Fernandes.

Em termos de impacto no resultado geral, os supermercados lideram o ranking. No 1º semestre, as vendas cresceram 9,4% e por ter o maior faturamento do varejo, de R$ 40 bilhões, essa variação significou um adicional de R$ 3,4 bilhões para o comércio, mais que a soma de todas as contribuições dos outros setores analisados.

O setor de materiais de construção também apresentou forte aumento, de 11,7%, com faturamento similar ao das farmácias, de R$ 7,8 bilhões. “A redução de juros e o mercado imobiliário mais aquecido, além dos preços mais modestos dos produtos, proporcionaram esse bom desempenho”, comenta Guilherme.

As demais elevações foram das seguintes atividades: outras atividades (4,6%), lojas de móveis e decoração (2,7%) e veículos, motos e peças (2,1%).

As lojas de eletrodomésticos e eletrônicos apresentaram variação mínima, de −0,1%, ou seja, mantendo praticamente o faturamento de R$ 4 bilhões visto no mesmo período do ano passado. Neste caso, a base de comparação ficou muito elevada, quando no 1º semestre do ano passado, houve aumento de 32,4%.

O desemprego no Estado é o mais baixo desde 2015 e a inflação está moderada, com deflação em alimentos. Além disso, os juros vêm caindo gradativamente para o consumidor. “Há um ganho real de renda, o que possibilita a quitação de contas em atraso para voltar mais forte ao comércio. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, a PEIC, da Fecomércio BA, vem mostrando uma redução de pouco menos de 70 mil famílias que saíram da inadimplência no período de um ano”, esclarece Dietze.

Portanto, o comércio encerra este primeiro semestre com alta de quase 7%, com a maioria dos setores no positivo e deve continuar nessa toada ao longo da segunda parte do ano, pois os indicadores que definem consumo, renda, emprego e crédito seguem melhorando.

No panorama do mês de junho, especificamente, as vendas subiram 5% e o faturamento foi de R$ 17,3 bilhões, ou seja, 826 milhões de reais a mais do que no mesmo período do ano passado. Esse desempenho foi o mais alto para o mês desde 2015.

O destaque foi das lojas de farmácias e perfumarias com a alta anual de 16,9% e faturamento de R$ 1,35 bilhão, o mais elevado para o mês da série histórica.

Essa variação não ficou muito distante do visto para o segmento de materiais de construção que, em junho, avançou 12,7%.

A atividade mais relevante para o varejo baiano, o supermercado, registrou alta anual de 2,2% e faturamento de R$ 6,2 bilhões.

Outra contribuição importante foi do setor de veículos, motos e peças. A alta de 6,8% representa um incremento de 221,5 milhões de reais, o mais elevado entre os segmentos analisados pelo levantamento no mês.

Ainda no azul estão: outras atividades (4%), lojas de móveis e decoração (2,4%) e vestuário, tecidos e calçados (0,9%).