Confiança do Empresário de Salvador sobe 11,4% em agosto, aponta Fecomércio-BA
Em agosto, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), da Fecomércio-BA, apontou crescimento de 11,4%, ao passar de 61,8 pontos em julho para os atuais 68,8 pontos. Esta foi a segunda alta consecutiva e com uma variação bem mais elevada que os 1,4% vistos em julho.
No mês passado, o que influenciou a ligeira alta foi o subíndice de expectativas. Nos dados de agosto, além de mais um aumento na avaliação do futuro próximo, houve crescimento nos dois subíndices que avaliam as questões atuais: Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) com alta de 4,6% e Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) com 2,3% de elevação. Quem faz a avaliação é o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.
“A reabertura gradual do comércio e shoppings centers em Salvador é o principal motivo para reduzir o pessimismo dos empresários em relação ao dia a dia. Mesmo com uma limitação do poder de compra das famílias, pelo menos os empresários conseguem abrir suas portas para tentar efetuar as vendas e com isso ter recursos para sobreviver nesta pandemia”, afirma Dietze.
A Prefeitura de Salvador contribuiu nesse sentido, ao atender um pleito da Fecomércio-BA de ampliar o horário de lojas de rua com mais de 200 m², também aos sábados, mas mantendo a restrição de abertura das 10h às 16h. “Muitas pessoas que trabalham ao longo da semana não poderiam ir às compras no horário estabelecido e, com a reabertura aos sábados, cria-se a oportunidade para esses potenciais consumidores”, explica o economista.
A Fecomércio-BA já observou sinais de recuperação nos dados de vendas do comércio do mês de junho. Apesar da queda de 10,4% na comparação anual, a maioria dos setores registrou crescimento nas vendas, com destaque para eletrodomésticos e materiais de construção. Por isso, começa a ter reflexo positivo na confiança do empresário do comércio.
“No Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio que subiu 4,6%, o que puxou foram as avaliações sobre o próprio setor do comércio e menos em relação a economia em geral. E se há uma melhora relativa – ou redução do pessimismo – sobre o dia a dia, também ajuda na intenção de contratar”, pontua Guilherme Dietze.
Embora haja um aumento na confiança do empresário do comércio de Salvador, a pontuação ainda está próxima ao que foi o menor patamar da série histórica, de 60,9 pontos vistos em junho. O ritmo de retomada será lento e gradual, mas está seguindo uma trajetória positiva com a reabertura do comércio e injeção do auxílio emergencial que tende a ser estendido até o final do ano e, por consequência, gerando mais recursos ao comércio.