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Fecomércio-BA aponta que índice de famílias endividadas em Salvador atinge 49,9% em abril

Comércio
15 de maio de 2021

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor – PEIC, da Fecomercio-BA aponta que, em abril, o percentual de famílias endividadas em Salvador foi de 49,9%, maior taxa desde fevereiro de 2018. Atualmente, são 462,4 mil famílias com algum tipo de dívida em Salvador, um aumento de 34 mil em um período de um ano.

A inadimplência subiu pelo quinto mês consecutivo e registrou 16,9% com 157 mil famílias que não conseguiram pagar a dívida até a data do vencimento. O atual patamar, contudo, é tecnicamente igual ao visto no mesmo período do ano passado, com 17%.

“Tanto o aumento do endividamento quanto da inadimplência tem a ver com os impactos da COVID-19 na economia do país e do estado da Bahia. As famílias estão enfrentando um enorme desafio, principalmente as que ganham até 10 salários mínimos. Para esse grupo, a taxa de endividamento está em 52%, enquanto para as famílias com renda mais elevada o percentual está em 27,4%”, explica o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.

O economista avalia que com o cenário ainda imprevisível, as famílias com renda mais baixa estão perdendo as suas fontes de recursos, por causa da restrição de circulação, ou estão com medo de perder seus empregos. Contudo, o tipo de dívida mais frequente em Salvador é do cartão de crédito com 89,3%, que tem, segundo o Banco Central, uma taxa média de juros no rotativo de 292% ao ano. 

Guilherme Dietze orienta que, em condições normais, seria para o consumidor buscar um crédito relativamente mais barato como o crédito pessoal que tem uma taxa média de 40,2% ao ano. “No entanto, com o aumento do risco da inadimplência, os bancos estão tornando o crédito mais seletivo, o que tem limitado o acesso ao crédito pelas famílias. Até mesmo quem consegue, oferecem taxas de juros altas e menor prazo de pagamento”, explica.

O auxílio emergência do governo federal que dará o benefício de R$ 600 aos Trabalhadores informais, autônomos, desempregados e MEIs (Micro Empreendedor Individual), pra quem tiver direito, tem que ser pensado de forma bem cautelosa. “Quem tiver inadimplente, seja com banco, com instituições de crédito, empresas de telefonia celular, entre outros e não sabe como negociar, deve entrar no site do Limpa Nome (Serasa), no link: ”, indica Dietze.

“É importante tentar pagar as dívidas para não jogar o problema para frente, tornando uma bola de neve ainda maior e ter tranquilidade para conseguir arcar, neste momento, com os produtos mais essenciais como alimentos e remédios”, declara o consultor econômico da Fecomércio-BA.