FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DA BAHIA

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Fecomércio BA manifesta preocupação quanto aos impactos nocivos das apostas online no comércio e na sociedade

Sistema Comércio
14 de outubro de 2024
Fecomércio BA manifesta preocupação quanto aos impactos nocivos das apostas online no comércio e na sociedade

A Fecomércio BA – Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia vem a público externar sua preocupação quanto aos graves impactos socioeconômicos do crescimento descontrolado das apostas online no País, o chamado “mercado de bets”.

Pesquisa da CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, apresentada no início deste mês de outubro ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, informa que mais de 1,3 milhão de brasileiros estão inadimplentes devido às apostas em cassinos virtuais. Os apostadores já gastaram cerca de R$ 68 bilhões em jogos, e o estudo da CNC estima que o comércio enfrenta um prejuízo anual de R$ 117 bilhões em decorrência desse cenário.

Em resposta a esse impacto, a Confederação revisou para baixo a projeção de crescimento do setor varejista em 2024, de 2,2% para 2,1%. Essa revisão reflete o efeito negativo das apostas online, que têm comprometido a renda das famílias, redirecionando o consumo de bens e serviços essenciais para os jogos de azar.

“Apoiamos totalmente a iniciativa da nossa Confederação, que entrou com uma ação no STF, pedindo medida cautelar para suspender a Lei das Bets (Lei 14.790/2023), uma vez que esses cassinos online estão causando enormes prejuízos para o comércio e a sociedade”, destaca o presidente do Sistema Comércio BA – Fecomércio, Sesc e Senac -, Kelsor Fernandes.

Entre 2023 e 2024, os brasileiros gastaram cerca de R$ 68 bilhões em apostas, o que representa um comprometimento de 22% da renda disponível das famílias. “É imprescindível que haja uma regulamentação rigorosa para a atuação dessas empresas de jogos online no Brasil, visando desarticular aquelas que operam de forma irregular, sem a proteção adequada ao consumidor e sem regras claras sobre as probabilidades de ganho”, pondera Fernandes, alertando ainda que “O nosso Estado e o nosso País carecem de ações socioeducativas eficazes para combater o vício em jogos. É alarmante a quantidade de beneficiários de programas assistenciais do Governo que injetam recursos nessas casas de apostas”.