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ICEC: COMÉRCIO PODE RETOMAR CONFIANÇA NO SEGUNDO SEMESTRE DO ANO

Comércio
15 de maio de 2021

Dados de maio do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostram que, embora ainda não se possa apontar uma tendência de recuperação do nível de confiança do comércio, a expectativa é que a segunda metade do ano seja melhor tanto para o setor quanto para a economia. Essa eventual recuperação, no entanto, não deverá impedir que o setor registre, em 2015, seu pior desempenho em 12 anos.

 

Em maio o Icec registrou variação de -0,2% ante abril, já descontados os efeitos sazonais. Essa foi a menor queda mensal do indicador desde setembro do ano passado. E pela primeira vez nesse período o subíndice relativo às expectativas registrou resultado mensal positivo (+1,0%). Entretanto, mesmo com a alta de 1% nas expectativa, a avaliação das condições correntes registrou queda de 3,4%, bem como as intenções de investimentos, de 2,9%.

 

Diante do cenário recessivo, a CNC projeta que, pela primeira vez desde 2007, o nível de ocupação no comércio varejista deverá registrar retração anual (-0,7% ante 2014). Para o varejo restrito, a expectativa da Confederação é que, pela primeira vez em 12 anos, o volume de vendas do varejo recue 0,4%. Já o varejo ampliado, que apropria as vendas de veículos e peças e de materiais de construção, deverá, ao final do ano corrente, apurar o seu pior resultado (-6,0% ante 2014) em toda a série histórica do indicador, iniciada em 2004.

 

Decepção com a economia e estoques em recorde histórico

A decepção com o desempenho geral da economia permanece o item com pior avaliação em todo o Icec (26,3 pontos em maio). Segundo 92,0% dos empresários do setor, as condições econômicas pioraram nos últimos 12 meses, sendo que 64,3% dos entrevistados perceberam deterioração acentuada no período. A avaliação das condições atuais do setor – segundo pior item em todo o Índice – também acusou forte retração em maio (-42,7% em relação a maio de 2014). Na opinião de 80,9% dos empresários, a atividade comercial do País piorou nos últimos 12 meses, e para 44,0% houve piora acentuada. A perspectiva de queda no volume de vendas do setor, associada à elevação nos custos de captação de recursos nos últimos meses, levou os empresários do setor a revisarem seus planos de investimentos. Quanto aos estoques, modalidade de investimento de curtíssimo prazo, está acima do adequado na opinião de 29,1% dos empresários – patamar mais elevado desse item desde o início do Icec, em março de 2011.

 

FONTE: CNC