FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DA BAHIA

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O BRASIL PRECISA DE CRÉDITO E EMPREGO

Comércio
15 de maio de 2021

Carlos de Souza Andrade, presidente da Fecomércio-BA

 

Lembro na minha infância em Amargosa, que nada indignava mais meu pai, um pecuarista que vivia do seu trabalho, do que a prática de agiotagem e juros extorsivos. Para ele o trabalho produtivo dignificava o homem e não era bem visto aquele que, sem trabalhar, ganhava juros excessivos. Muito tempo se passou e hoje o que vemos no Brasil é o setor bancário praticando altos juros e obtendo grandes lucros, sem contribuir para a produção.

Ao se constatar que a taxa de juros estabelecida pelo governo, a Selic, está em 14,25% ano e que, apesar disso, os bancos estão cobrando no cheque especial juros de até 300% ao ano e no rotativo do cartão de crédito de até 471% ao ano, o sentimento é de indignação e se conclui que no Brasil o setor que ganha mais é aquele que não produz e  lucra com juros exorbitantes. Ora o crédito é fundamental para os negócios, mas se sua concessão está submetida a juros extorsivos, fica difícil para o empresário investir e mais ainda para o consumidor comprar.

Sendo assim, se o governo quer que o Brasil volte a crescer e recupere o consumo, tem de fomentar o crédito, mas para isso tem de reduzir o chamado spread que é a diferença entre a taxa que o governo determina e a que é cobrada pelos bancos.

Uma política de crédito ajudaria o País a se reerguer, mas não adianta disponibilizá-lo com juros altos, pois isso só faz aumentar os lucros dos bancos e elevar a inadimplência. Assim, uma política que reduza os lucros bancários e estimule o crédito responsável é uma das vias possíveis para a retomada do crescimento. Mas, o governo também deve estimular o emprego, incentivando as contratações. À medida que novos empregos forem sendo criados, a confiança na economia aumenta, a população retorna a consumir e, consequentemente, estimula-se a geração de novos investimentos e empregos. Esse é o caminho para o Brasil: crédito barato e responsável e mais empregos.

Carlos de Souza Andrade, presidente da Fecomércio-BA

 

Lembro na minha infância em Amargosa, que nada indignava mais meu pai, um pecuarista que vivia do seu trabalho, do que a prática de agiotagem e juros extorsivos. Para ele o trabalho produtivo dignificava o homem e não era bem visto aquele que, sem trabalhar, ganhava juros excessivos. Muito tempo se passou e hoje o que vemos no Brasil é o setor bancário praticando altos juros e obtendo grandes lucros, sem contribuir para a produção.

Ao se constatar que a taxa de juros estabelecida pelo governo, a Selic, está em 14,25% ano e que, apesar disso, os bancos estão cobrando no cheque especial juros de até 300% ao ano e no rotativo do cartão de crédito de até 471% ao ano, o sentimento é de indignação e se conclui que no Brasil o setor que ganha mais é aquele que não produz e  lucra com juros exorbitantes. Ora o crédito é fundamental para os negócios, mas se sua concessão está submetida a juros extorsivos, fica difícil para o empresário investir e mais ainda para o consumidor comprar.

Sendo assim, se o governo quer que o Brasil volte a crescer e recupere o consumo, tem de fomentar o crédito, mas para isso tem de reduzir o chamado spread que é a diferença entre a taxa que o governo determina e a que é cobrada pelos bancos.

Uma política de crédito ajudaria o País a se reerguer, mas não adianta disponibilizá-lo com juros altos, pois isso só faz aumentar os lucros dos bancos e elevar a inadimplência. Assim, uma política que reduza os lucros bancários e estimule o crédito responsável é uma das vias possíveis para a retomada do crescimento. Mas, o governo também deve estimular o emprego, incentivando as contratações. À medida que novos empregos forem sendo criados, a confiança na economia aumenta, a população retorna a consumir e, consequentemente, estimula-se a geração de novos investimentos e empregos. Esse é o caminho para o Brasil: crédito barato e responsável e mais empregos.