O BRASIL QUER MENOS BRASÍLIA
As eleições estão se aproximando e os candidatos que se apresentam para disputar a Presidência da República precisam apresentar suas propostas e seus programas de governo. O brasileiro não quer mais votar em ideias soltas, quer votar em propostas estruturadas e num programa de governo que contemple as reformas fundamentais para o país. Entre essas reformas, se sobressaí a reforma tributária, pois afeta diretamente o setor produtivo, motor da economia brasileira e responsável pela geração de milhões de empregos em todo Brasil.
A reforma tributária é fundamental e deve ter como eixo a modernização da burocracia tributarista e, principalmente, a redução da carga tributária. A carga tributária brasileira, que já atinge 34% do PIB – Produto Interno Bruto, um dos maiores percentuais do mundo, está retirando competitividade das empresas brasileira, reduzindo a rentabilidade e desestimulando o investimento. Essa carga tributária precisa ser reduzida, é fundamental que o próximo presidente apresente uma proposta de equilíbrio do gasto público e de redução do tamanho do Estado.
Um bom começo seria cortar Brasília ao meio, cortar pela metade a imensa burocracia estatal, reduzir os cargos em comissão, eliminar órgãos e instituições que não oferecem qualquer serviço à população e outros cujas funções se superpõem. O Brasil quer menos Brasília, pois a redução da máquina pública significa economia de recursos públicos, menos burocracia e uma administração mais enxuta e mais focada nos seus objetivos.
O comércio e os serviços são as atividades econômicas que sentem na pele o peso da carga tributária e da burocracia estatal. Esse segmento responde pela maior parcela do PIB brasileiro e lidera a criação de empregos, além disso, é composto por milhares de micro, pequenas e médias empresas que estão espalhadas pelo país. Os candidatos a presidente precisam apresentar programas que atendam a este anseio dos pequenos e médios empresários do país, e propor uma reforma governamental que tenha como eixo primordial o corte de gastos, a eliminação de despesas supérfluas e a otimização da máquina pública. O Estado brasileiro precisa ser capaz de gastar menos do que arrecada e assim reduzir a dívida pública.
É fundamental, ao mesmo tempo, realizar as reformas de base, indispensáveis para que a recuperação econômica tenha sustentabilidade e, nesse sentido, é urgente discutir a reforma previdenciária e mesmo a reforma política de modo a criar um arcabouço legal mais propício ao crescimento e a estabilidade econômica. E acima de tudo é preciso reduzir a carga tributária, pois o Brasil quer menos Brasília, mais trabalho e mais produção.