PCCV APRESENTA CLIMA DE DESACELERAÇÃO DO VAREJO NO ANO DE 2014
Fecomércio-Ba acredita que após ajustes econômicos, a Bahia voltará a crescer em 2015
Infelizmente as projeções da Fecomércio – BA se concretizaram e o varejo terminou 2014 no vermelho. Muito próximo dos prognósticos, o estado viu seu varejo perder 4,3% de seu faturamento real (descontada a inflação) no ano e em dezembro na comparação com dezembro de 2013, o resultado foi ainda pior: -9,3%. Ou seja, nem mesmo o Natal animou os consumidores conforme era a esperança da entidade.
O processo de deterioração das condições econômicas, que culminou com a desaceleração do varejo no Brasil e na Bahia, tem sido bastante resistente. Ao longo de 2014 muitos eventos contaminaram o desempenho econômico, em especial do varejo: Copa do Mundo com liberação mais cedo, feriados, eleições, e a queda significativa da confiança do consumidor. Para completar, no caso da Bahia, a crise da Petrobrás (maior empresa brasileira e responsável por uma fatia considerável dos investimentos no país) tem fortes laços com o estado. Com o fraco desempenho desse setor, o final de ano acabou vendo o varejo desacelerar ainda mais do que se imaginava no começo de 2014. Esperava-se que, com a chegada da época de Natal e com a injeção do 13º Salário mínimo o ânimo do consumidor pudesse melhorar um pouco e o desempenho no último trimestre seria menos ruim.
Todavia o resultado de dezembro foi muito inferior ao de 2013, acelerando o processo de perdas no varejo, conforme vinha acontecendo ao longo de todo terceiro trimestre. Para a Fecomércio- BA o processo de recuperação não será rápido e ainda muitos ajustes econômicos deverão ser feitos antes de se retomar o rumo do crescimento. Isso vale para o estado e para o país, porém, no caso baiano, essa espera pode ser um pouco mais árdua, justamente pelas relações da economia regional com o desempenho da estatal de petróleo. Tanto que a Bahia tem uma taxa de desemprego hoje superior à do Brasil, o que acaba sacrificando ainda mais o varejo, parte fundamental da economia e do Consumo das Famílias. Recorde-se que, ao longo dos últimos anos, o motor de crescimento do país e, mais ainda, de robusto florescimento das economias dos estados do nordeste foi justamente o Consumo das Famílias, que emergiram para a nova Classe Média.
O ano de 2014 marca um período de mudanças e de esgotamento do modelo de crescimento pautado apenas pelo consumo. Todo esse cenário, que é bastante complexo no presente e curto prazo, não reduz a confiança da entidade na força da maior economia da região. A Fecomércio-BA acredita que, após feitos os ajustes econômicos, a Bahia voltará a crescer aceleradamente, superando a média nacional e voltando a trilhar o caminho da prosperidade, inclusive com incremento do Varejo.
Fonte: Análise PCCV