PESQUISA DE ICF ANTECIPA O POTENCIAL DAS VENDAS DO COMÉRCIO
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF)
apresentou alta de 1,1% (131,0 pontos) em janeiro, na comparação com o
mês imediatamente anterior e um recuo de 3,0% em relação a janeiro de 2013.
Para a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo)
a manutenção da baixa taxa de desemprego e dos ganhos reais elevou a confiança
das famílias no período.
Na comparação mensal, com exceção do consumo de bens duráveis, todos os
componentes da pesquisa apresentaram variações positivas. Os dados relacionados
ao mercado de trabalho puxaram a variação mensal do ICF. O componente Emprego
atual registrou alta em relação a dezembro (1,1%) e queda de 1,1% na comparação
com janeiro de 2013. O componente da ICF relacionado à renda apresentou
elevação de 2,6% na comparação mensal e de 0,4% em relação a janeiro de
2013, voltando a registrar variação positiva, após dez meses de queda.
Em 2013, a desaceleração das contratações, o menor crescimento real da
massa salarial e uma recuperação mais lenta da atividade comprometeram
a confiança em relação ao emprego e à renda. Este ano, a perspectiva de
evolução das condições econômicas tendem a aumentar o otimismo em relação
ao mercado de trabalho. “Em 2013, registramos uma queda da confiança das
famílias em relação ao emprego e à renda. Com melhores condições econômicas,
este processo deve ser revertido em 2014”, afirma o economista da CNC,
Bruno Fernandes.
Na comparação anual, o ICF apresentou variação negativa, puxada por quase
todos os componentes da pesquisa, com exceção de Renda atual e Perspectiva
de consumo. “O Nível elevado de endividamento, crédito mais caro e a persistência
inflacionária mantiveram a intenção de consumo em um ritmo inferior ao
do ano passado”, explica o economista da CNC. Segundo a ICF, o consumo
de bens duráveis foi o item mais impactado negativamente, apresentando
recuo de 6,5% na comparação mensal e queda de 14,1% na comparação anual.
Analisando as condições atuais e as perspectivas futuras da economia doméstica,
a previsão da Divisão Econômica da CNC é de que o volume de vendas do varejo
obtenha um crescimento ao redor de 6,0% em 2014.