VENDAS NO VAREJO BAIANO CRESCERAM 6,7% EM JANEIRO, DIZ IBGE
O comércio varejista da Bahia, em janeiro
de 2014, registrou expansão de 6,7% nas vendas, em relação a igual mês
do ano de 2013, segundo informações da PMC (Pesquisa Mensal de Comércio)
do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ocupando a 12ª
posição. Essa variação superou a nacional, que registrou a taxa positiva
de 6,2%, considerando a mesma base de comparação. Na análise sazonal, o
varejo na Bahia cresceu 0,5%, superior à taxa de dezembro que caiu 0,2%.
O aquecimento nas vendas, na comparação entre dezembro e janeiro de 2014,
pode ser explicado pelo estímulo provocado nos consumidores com o reajuste
de 6,78% no salário mínimo e as liquidações realizadas no período. Esses
dados foram apurados por essa pesquisa realizada em âmbito nacional e analisados
pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia
vinculada à Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia.
A intensificação no ritmo de crescimento no varejo baiano se justifica
em função da moderação dos preços no mês de janeiro. Conforme dados do
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA do IBGE nesse mês
a variação nos preços foi de 0,55%, abaixo 0,37 ponto percentual da taxa
registrada em dezembro de 2013 (0,92%).
ANÁLISE DE DESEMPENHO DO VAREJO POR RAMO DE ATIVIDADE
Em janeiro de 2014, os dados do comércio varejista do estado da Bahia,
quando comparados a janeiro de 2013, revelam que seis de um total de oito
ramos que compõem o Indicador do Volume de Vendas apresentaram resultados
positivos. Listados pelo grau de magnitude das taxas em ordem decrescente,
têm-se: Livros, jornais, revistas e papelaria (31,8%); Combustíveis e lubrificantes
(16,7%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (12,8%); Artigos farmacêuticos,
médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (12,7%); Móveis e eletrodomésticos
(5,2%); e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas
e fumo (4,7%). Quando observado o segmento Tecidos, vestuário e calçados
e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação constata-se
taxa negativa de 1,6% e 41,7%, respectivamente. Para os subgrupos de Super
e hipermercados, o resultado apurado foi positivo em 6,8%. O de Eletrodomésticos
cresceu 11,1%, em contrapartida a queda de 5,0% no subgrupo de móveis.
O maior impulsionador das vendas na Bahia, em janeiro repetindo o desempenho
do mês anterior foi o segmento de Combustíveis e lubrificantes. O registro
pelo quarto mês consecutivo de uma taxa positiva consolida a mudança de
comportamento do setor, que apresentou por doze meses, outubro/2012-setembro/2013
taxas negativas. Esse desempenho foi determinado pelo o efeito base, já
que em igual mês do ano passado o segmento registrou variação negativa
9,5% e o período de férias, onde os consumidores costumam intensificar
as viagens.
A segunda maior contribuição veio do segmento de Hipermercados, supermercados,
produtos alimentícios, bebidas e fumo. Segmento de maior peso para o Indicador
de Volume de Vendas do Comércio Varejista, a atividade apresentou crescimento
devido à elevação do poder de compra dos consumidores em função do novo
salário mínimo (6,8%) vigente a partir do primeiro dia do ano ficar acima
da inflação de 5,9%.
O segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico foi o terceiro
maior impulsionador das vendas no comércio varejista da Bahia. Por englobar
ramos como lojas de departamento, que comercializam produtos de menor valor
agregado, bem como ótica, artigos esportivos, brinquedos, etc. O aquecimento
nos negócios realizados no segmento foi influenciado pela evolução positiva
da massa de salários e as facilidades nas compras com cartão de crédito.
O quarto maior impulsionador do volume de vendas foi Móveis e eletrodomésticos
com a taxa de 5,2%. Apesar de registrar uma desaceleração no ritmo de crescimento,
em função do fim da alíquota reduzida para linha branca, a atividade continua
influenciando as vendas, sendo favorecida pelo programa Minha Casa Melhor.
Quando desagregada, observa-se que a contribuição positiva veio das vendas
de eletrodomésticos.
O segmento Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
com a taxa de 41,7% registrou a maior variação negativa para o Indicador
de Volume de Vendas na Bahia. O seu comportamento é atribuído à mudança
de preços de microcomputadores e ao fato de boa parte dos produtos que
compõem o setor serem comercializados pelo segmento de Hipermercados, supermercados,
produtos alimentícios, bebidas e fumo, lojas de departamento, crescimento
do comércio eletrônico, fato não contemplado pela PMC. Além do que no mês
de janeiro os consumidores utilizam parte da sua renda para aquisições
de materiais escolares.
*Informações divulgadas pela SEI (Superintendência de Estudos Econômicos
e Sociais da Bahia)