ICEC | OUTUBRO 2025
CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO DO COMÉRCIO CRESCE 2,5% EM OUTUBRO, APONTA FECOMÉRCIO BA
Otimismo deve seguir em ascensão neste final de ano com a chegada das datas comemorativas.
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), elaborado mensalmente pela Fecomércio BA, apresentou recuperação em outubro, com alta de 2,5% em relação a setembro, mês em que havia recuado 3,7% na comparação com o anterior. Com isso, o indicador atingiu 105,1 pontos.
O ICEC varia entre 0 e 200 pontos. Resultados acima de 100 indicam confiança dos empresários do comércio de Salvador, enquanto pontuações abaixo desse patamar refletem pessimismo.
O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) foi o que registrou a maior elevação no mês, de 3,7%, impulsionado pelas condições atuais do comércio (5,6%) e pelas condições atuais da economia (5,4%). Apesar dos avanços mais expressivos, o maior nível de pontuação continua sendo o das condições atuais das empresas comerciais, com 99,6 pontos — sinal de que os empresários estão menos pessimistas em relação ao próprio negócio do que quanto à economia em geral.
Outra alta no mês foi observada no Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC), que cresceu 1,6% na comparação mensal. No entanto, em relação a outubro do ano passado, o IEEC apresenta a maior queda entre os componentes, de 11,6%. Ainda assim, o atual patamar, de 132,6 pontos, permanece na zona de otimismo. Seguindo o mesmo perfil das condições atuais, o otimismo é maior quando os empresários avaliam suas próprias empresas do que quando observam a economia de forma ampla.
O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) também registrou alta, de 2,8%, retornando à zona de otimismo, com 101,1 pontos. Houve crescimento em todas as variáveis que compõem o indicador: nível de investimento (3,6%), nível de estoques (3,1%) e indicador de contratação (1,9%).
A recuperação, no entanto, ainda é tímida, uma vez que o atual patamar se mantém entre os mais baixos do ano. Persistem receios quanto à desaceleração da economia e seus impactos sobre os negócios, além do efeito da taxa de juros elevada, atualmente em 15% ao ano. Por outro lado, há fatores que sustentam uma perspectiva menos negativa e favorecem a retomada da confiança, como a proximidade de datas importantes para o varejo, a exemplo da Black Friday e do Natal.
A inflação mostra sinais claros de menor pressão, o que contribui para reduzir custos empresariais e para recompor a renda das famílias. O cenário de praticamente pleno emprego também se apresenta como um ponto favorável para o empresariado projetar um fim de ano mais próspero — embora o aumento recente da inadimplência possa limitar, em certa medida, a capacidade de consumo das famílias da região.
É importante acompanhar o resultado do próximo mês para compreender a trajetória da confiança até o fim do ano e avaliar os reflexos sobre as vendas, já que os empresários, que vivenciam diariamente as condições do mercado, são um termômetro relevante do comportamento econômico das famílias.