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VAREJO BAIANO | INFLAÇÃO RMS – SETEMBRO 2025

Área do Conhecimento, Pesquisas, Varejo Baiano
21 de outubro de 2025

INFLAÇÃO DE SETEMBRO ALIMENTA AS EXPECTATIVAS PARA COMPRAS DE FINAL DE ANO, AVALIA FECOMÉRCIO BA.

Preços de produtos e serviços em Salvador variam 0,17% no mês e acumulam alta de 4,83% em 12 meses.

Os dados da inflação de setembro na região metropolitana de Salvador vieram bastante positivos. Segundo divulgação do IBGE, os preços de produtos e serviços registraram um avanço médio de 0,17% e acumulam 4,83% nos últimos 12 meses. Embora a variação tenha sido superior à do mês anterior, de -0,08%, o cenário ainda é de baixa pressão sobre os preços.

O grupo habitação foi o principal responsável pela inflação no período, com alta de 2,15%. O movimento já era esperado, conforme o “efeito mola” apontado pela Fecomércio-BA no relatório anterior. Em agosto, o bônus de Itaipu reduziu o preço da energia elétrica; em setembro, com a recomposição para o valor original, houve um aumento de 7,13%. Trata-se, portanto, de um ajuste pontual, sem expectativa de continuidade dessa pressão nos próximos meses. Vale destacar que, se o grupo habitação fosse expurgado do cálculo mensal, haveria uma deflação de -0,14%.

O grupo alimentação e bebidas foi o grande destaque positivo, com queda de -0,56%, contribuindo com -0,13 ponto percentual para o índice geral. Produtos importantes da mesa do soteropolitano ficaram mais baratos, como tomate (-20,08%), cebola (-17,96%) e alho (-12,74%). Também houve retração nos preços do feijão-mulatinho (-7,15%), pescados (-2,96%) e frango inteiro (-2,44%), ampliando o leque de opções para o consumidor, que encontra preços mais vantajosos.

O grupo transportes apresentou recuo de -0,32%, puxado principalmente pelos serviços: seguro voluntário de veículo (-6,36%) e passagens aéreas (-2,68%). Os combustíveis continuam sem exercer pressão significativa, com variações discretas na gasolina (-0,27%) e no etanol (0,16%). Não há perspectivas de mudanças no curto prazo, exceto por pressões pontuais esperadas na alta temporada do turismo, em dezembro e janeiro.

Os artigos de residência ficaram -0,61% mais baratos em relação ao mês anterior, com impacto de -0,02 ponto percentual no índice geral. Os eletroeletrônicos tiveram destaque, como televisores (-2,73%) e refrigeradores (-2,70%). A acomodação do câmbio tem reduzido custos de insumos, o que se reflete em preços mais baixos ao consumidor.

O grupo comunicação variou -0,32%, enquanto saúde e cuidados pessoais ficou praticamente estável (-0,01%). Entre as altas, além de habitação, destaca-se vestuário, com elevação de 1,17%, contribuindo com 0,06 ponto percentual para o índice geral. A tendência de alta foi observada em diversos itens, como vestido infantil (3,33%), calça comprida feminina (2,69%) e sandália (2,72%). Houve ainda aumentos nos grupos despesas pessoais (0,19%) e educação (0,07%).

A inflação mais baixa reforça as expectativas de melhora no consumo no final do ano. Com o mercado de trabalho aquecido, as famílias vêm recompondo sua renda, quitando dívidas passadas e retomando o consumo de forma mais sustentável. Como esse processo deve se manter no curto prazo, a tendência é que as famílias cheguem ao fim do ano com maior poder de compra, impulsionando o ritmo de vendas no varejo.

 

 

 

 

 

VAREJO BAIANO | INFLAÇÃO RMS – SETEMBRO 2025
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